Olá Henrique,
Penso que já toda a gente entendeu que não fui eu que falei dessas fotos da
RAF e da força aérea americana. Quem falou delas que as
apresente. E olhe que até teria muito interesse nelas, além do mais, para as
colocar no Museu de Vilarinho, ao lado das minhas. Mas também já todos
entenderam que o Henrique, segundo diz, tem fraca memória e não está para
investigar nem este nem outros assuntos por si aqui trazidos à baila. Então,
estamos conversados sobre esta matéria, porque ainda há outras questões
pendentes. Mas olhe que a foto do Google não está assim tão má como isso
(mesmo para míopes) e as fotos da minha autoria estão com óptima
definição... Tanto as dos finais dos anos sessenta, de meados de setenta,
como as dos incêndios deste início de século, incluindo o do ano passado.
Reconheça, lá, que é verdade!
E, já agora, a propósito dos bichos de que fala, na zona de Vilarinho, como
na ECO'92, no Rio de Janeiro, ouvi dizer a vário índios brasileiros,
expulsos das suas terras, nomeadamente para criar áreas protegidas, olhe que "homem também é bicho"!
----- Original Message -----
From: "henrique pereira dos santos" <
as1075017@sapo.pt>
To: "'Manuel Antunes'" <
mantunes@mail.telepac.pt>; "'AMBIO'"
<
ambio@uevora.pt>
Sent: Sunday, March 11, 2007 9:09 AM
Subject: RE: Encostas de Vilarinho da Furna
Caro Manuel Antunes,
O que sugeri é que o Manuel Antunes, que pretende negar o que toda a gente
que estuda a área conclui, é que o Manuel Antunes comparasse fotografias
aéreas antigas (referi as dos anos 40, do fim da guerra, feitas pela RAF e
as de 1958, feitas pela força aérea americana) com fotografias aéreas
actuais (o que é diferente das fotografias de satélite do google, que nesta
área têm muito pouca definição).
Não anunciei nada.
Se o Manuel Antunes para seu proveito, deleite e instrução não quer fazer
este exercício, está no seu inteiro direito.
Eu não anunciei aqui nenhumas fotografias nem o vou fazer.
Mas isso não me tira nenhuma razão, e o Manuel Antunes, que conhece
profundamente a área, sabe perfeitamente que hoje há incomensuravelmente
mais carvalhal na encosta de Vilarinho que havia no fim dos anos sessenta e
que os matos estão muito mais desenvolvidos, sendo aliás por isso que os
incêndios são mais violentos, mas bastantes mais separados no tempo que as
queimadas constantes dos pastores de Vilarinho, sendo também por isso que o
corço e esquilo voltaram a esta área.
Ficções? Obsessões? Quem as não tem?
henrique pereira dos santos